quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Celebrando Hildegard von Bingen

Hildegard of Bingen(1098-1179), me impressiona pela combinação de misticismo, arte, política e ciência. Na idade média, conventos eram como as universidades de hoje, um espaço para a abstração. A diferença talvez é que hoje, separamos o intelectual do espiritual. Verdade que os conventos (e as universidades) também são espaços de poder. No bom e no mal sentido. Pode ser no conceito de poder personificado que é Deus. Pode ser o exercício do poder humano em varias formas; disciplina, opressão, e mesmo o poder implícito na vaidade, tão visível na vida acadêmica dos nossos tempos. Tudo pode ser expressão de poder. Bom, isto foi só uma pequena digressão um pouco fora do tema. De qualquer forma, ser religiosa significava no século XII que você se dedicava as atividades mais nobres do ser humano, intelectual e espiritual. Assim como Tereza de Avila, Hildegard era de uma familia rica, poderia ter se casado e vivido com bastante conforto. Também como Tereza, foi ativa na igreja, influenciando poderosos e propondo mudanças. Correspondia-se com bispos, papas e reis. Escreveu sobre botânica e medicina, compos música e uma peça. Acima de tudo, experimentou muitos baratos da mente e do espírito (o que na época se chamava mística) e o mais incrível... não precisou de um baseado pra isso.

E por tabela, celebro com Hildegard, meu ano novo... (meu aniversário que foi 7 dias antes do seu, mas quem se importa?)