terça-feira, 18 de novembro de 2008

Uma coisa mais fantástica eu vi hoje



Um dia normal de aulas, caminhada, frio, dia cinzento de outono em Paris. Maravilhoso. E no final, uma coisa mais fantástica ainda aconteceu. Não posso evitar, tenho que registrar aqui. Despretenciosamente, fui a uma missa dos estudantes de Paris. Tudo bem, era na Notre Dame, mas isso nem sempre é uma vantagem. Embora linda, tem os turistas passando em volta que quebram um pouco o clima de recolhimento. Então cheguei, pensando comigo mesma.. será que tem gente, tá vazio, mais ou menos.. e qual a minha surpresa? Logo na entrada, jovens de camiseta amarela organizavam a entrada das pessoas, filtravam turistas; a igreja hoje era só missa. E lá dentro que coisa emocionante; a igreja cheia de jovens. Quando entrei fui orientada por outros jovens de camiseta amar ela que me direcionaram à um lugar pra ficar (em pé). Tudo bem. Mas outra surpresa ainda estava por vir. Quando todo mundo sentou, o pessoal ao meu lado começou a sentar no chão.. só ai percebi que a igreja toda sentou no chão! Tiraram todas as cadeiras para caber mais gente. A Notre Dame estava lotada de jovens sentados no chão para uma missa.. e eu lá. Foi lindo. Em geral a idade media das missas é em torno dos 65 anos... baixa pra 55 em dias de batizado. É dificil explicar o que me tocou nisso. Talvez eu não esteja acostumada a ver tantos jovens em clima sincero de oração, uma busca que parecia ali tão natural. As músicas estavam lindas e não porque tinham super cantores cantando.. mas todos cantavam (verdade que tinha um bom coral atrás e uma orquestra pra dar suporte) e sem clima de concerto, era clima de missa feita por gente com seus corações. Ai está.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Os primeiros dias em Paris

Cheguei em Paris no dia 26 de outubro, um domingo. Até acertar os fusos, acalmar as ansiedades e focar as energias para cumprir todas tarefas da burocracia (inscrição na universidade, carteira de estudante, carta de sejour, telefone, longa lista..) fiquei um pouco atordoada. Some-se a espectativa e a excitação de estar onde eu queria estar. Tudo foi se acalmando, um pouco de meditação e respiração profunda ajudaram. A Sorbonne é um personagem em si. A lógica francesa não é exatamente cartesiana. Mas este vai ser um capítulo a parte. Com uma comida maravilhosa, queijos, vinhos.. haja caminhada, que bom que ter um carro aqui é praticamente impossível e que todos os dias tenho 5 andares para subir.