segunda-feira, 22 de abril de 2013

Abigail, Bil, Biga

Quanto sabemos de nossa familia, das pessoas que carregaram o nosso DNA... ? Um pouco de nossos pais, as vezes um pouco de nossos avós. Graças à uma lista que minha mãe fez, com as datas dos aniversarios, sei que hoje é aniversario de morte de meu avô Bil. Penso sempre nele, tão intensa foi a sua presença em minha vida, embora ele tenha ido quando eu tinha apenas 15 anos... e nos anos que se sucederam, sua presença ficou em mim. Abigail Nunes de Moraes, advogado, homem altivo com seus 1,60.
Colegio Salesianos, Niteroi
As historias que contava da familia em São José do Calçado, animavam as viagens de carro para a fazenda, para Araruama, para o Sul. Filho de fazendeiro, muitos irmãos e irmãs, brigas, Zezé implicava, Dona Cecilia não queria saber quem tinha razão, tirava o cinto, Biga puxava o Zezé para um lado e para o outro e se protegia da surra... o pia Chichico queria ter filho doutor. E foram médicos e advogados, menos as moças, claro. Da fazenda Catadupa, Biga foi estudar em Niteroi, no Colegio Salesianos. 
Um dia entrou na cozinha e viu o cozinheiro virar um saco de feijão direto na panela.. sem lavar nem nada. Depois daquele dia não conseguia comer, até cair de fraqueza na missa. Apesar dos pesares, sua relação com Deus sempre me pareceu intima. Nas pequenas coisas, na forma como se portava na missa, no interesse em levar novas músicas do Santuario das Almas para Calçado. Ele era um membro vivo da igreja. Vibrava sua fé concretamente no mundo. Seu amor atravessou em mim os anos e hoje, eu avó, registro um pouco do Bil que porto nas minhas células com orgulho, na minha memoria, com carinho.

A propósito da historia de São José do Calçado, de uma olhada em  O Broinha


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