segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Procuramos uma razão maior

Encontrei hoje esta reflexão de Hilario, um padre do século IV em Poitiers. É daquelas coisas que a gente le e se diz, eu poderia ter escrito isso .. por isso, compartilho.

«Por que pede esta geração um sinal?»
Pai Santo, Deus Todo Poderoso [...], quando levanto para o Teu céu a fraca luz dos meus olhos, posso duvidar de que é o Teu céu? Quando contemplo o caminho das estrelas, o seu regresso no ciclo anual, quando vejo as Plêiades, a Ursa Menor e a Estrela da Manhã e considero como cada uma brilha no lugar que lhe foi assinalado, compreendo, ó Deus, que Tu estás aí, nesses astros que eu não compreendo. Quando vejo «as belas ondas do mar» (Sl 92,4), não compreendo a origem dessas águas, não compreendo sequer o que põe em movimento os seus fluxos e refluxos regulares, e no entanto, creio que existe uma causa – certamente impenetrável para mim – para estas realidades que ignoro, e também aí eu pressinto a Tua presença. Se volto o meu espírito para a terra, que, pelo dinamismo das forças escondidas, decompõe todas as sementes que acolheu no seu seio, as faz germinar lentamente e as multiplica, e depois lhes permite crescerem, não encontro nada que possa compreender com a minha inteligência; mas esta ignorância ajuda-me a discernir-Te a Ti, porque, se não conheço a natureza posta ao meu serviço, reencontro-Te, no entanto, pelo facto de ela estar lá para minha utilização.Se me volto para mim, a experiência diz-me que não me conheço a mim próprio e admiro-Te tanto mais quanto sou para mim um desconhecido. De facto, mesmo que não os possa compreender, tenho a experiência dos movimentos do meu espírito que julga, destas operações, da sua vida, e esta experiência a Ti a devo, a Ti que me deste a partilhar esta natureza sensível que faz a minha felicidade, mesmo que a sua origem esteja para além da minha inteligência. Eu não me conheço a mim próprio, mas dentro de mim encontro-Te e, ao encontrar-Te, adoro-Te.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Hilário (v. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja A Santíssima Trindade, livro 12, 52-53 (trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, Mediaspaul 1988, t. 1, p. 19)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Art Nouveau ao estilo alemão em Darmstadt

Minhas impressões de Darmstadt? Não tinha grandes expectativas e fui surpreendida muito positivamente. Uma pequena cidade alemão nos arredores de Frankfurt, destruida quase que totalmente durante a guerra. Por sorte, ficou de pé uma parte especial da cidade. Pois em 1899, o Grand Duque Ernst Ludwig de Hesse fundou uma colonia de artistas em Mathildenhöhe. Eram 7 "Jugendstil" * vivendo e trabalhando em conjunto; uma pequena sociedade de artistas. . A primeira exibição data de 1901 e se chamava "Um documento da arte alemã". Estava fundada a reputação da cidade como centro de Art Nouveau na Europa. As casas onde eles moravam ainda estão de pé e o pequeno museu que contém as peças maravilhosas de se apreciar.

* Segundo a Wikepedia ... "O termo "Jugendstil" teve origem em 1896, com publicação da revista semanária "Jugend", a palavra significa "jovem", fundada por Otto Eckmann. Esse termo está intimamente ligado ao vocabulário germânico do design gráfico, vindo da tradição de impressão e gravura germânica, estilo com um traço bastante gráfico no desenho, bem diferente do estilo naturalistico.
Uma característica importante do Jugendstil foi o uso da tipografia, especialmente na relação entre imagem pictórica e letra, muito presente em capas de publicações, cartazes e propaganda em geral. Os designers gráficos do Jugendstil usavam tipos criados para harmonizar com as imagens pictóricas. No entanto, muitas das famílias tipográficas do Jugendstil eram pouco legíveis. "
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