segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A racionalidade debate?

De uma conversa com minha filha Raquel, debatendo religião e novelas, deixo esta pequena reflexão no dia de hoje. Mundo interessante, onde vivemos impregnados de tanta certeza. Eu penso estar certa, ela também. No fundo, a nossa humanidade deveria nos remeter a humildade, a certitude apenas da limitação do nosso entendimento. Célebre e facil de ser citado, Sócrates já reconhecia: "só sei que nada sei". Mas estamos cheias de nós mesmas .. e falo isso deixando de lado os nossos argumentos. O que seria alienante: a religião ou a novela? Como sou parte nesta celeuma, deixo aberta a questão. Mas permito-me concluir citando uma reflexão interessante de um padre alemão, que falou no domingo em Aosta. Ele faz um paralelo entre o poder e a misericordia. A certeza e a racionalidade são limitadas mas a ideia de "Deus todo-poderoso e (ao mesmo tempo) misericordioso é para mim um desafio instigante. Nós humanos limitados e cheios de si... Deus o poder em pessoa e misericordioso...
".. Uma prece romana, unida ao texto do livro da Sabedoria, diz: "Deus, mostrai-nos a vossa omnipotência no perdão e na misericórdia". O ápice do poder de Deus é a misericórdia, o perdão. No nosso hodierno conceito mundial de poder, pensamos em alguém que possui grandes propriedades, que em economia tem algo a dizer, que dispõe de capital para influir no mundo do mercado. Pensamos em alguém que dispõe de poder militar, que pode ameaçar. A pergunta de Stalin. "Quantas divisões tem o Papa?" ainda caracteriza a ideia média do poder. Tem poder quem pode ser perigoso, quem pode ameaçar, quem pode destruir, quem tem nas mãos muitas coisas do mundo. Mas a Revelação diz-nos: "Não é assim"; o verdadeiro poder é o poder da graça e da misericórdia. Na misericórdia Deus demonstra o verdadeiro poder." Joseph Ratzinger www.zenit.org